Na Grécia antiga era costume matar o mensageiro que trazia más
notícias. Igualmente tentamos ignorar as tensões que nos sobrevêm. Fato é
que não podemos viver sem elas, assim como as más notícias faziam parte
da Grécia, ou fazem de qualquer sociedade. Elas fazem parte da nossa
vida. A questão não é sofrer ou não sofrer tensões, mas como sobreviver a
elas. Refletindo sobre o tema, à luz do verso acima, entendi alguns
princípios para sobreviver em meio às tensões:
1ª) Deus nunca nos tensiona além da nossa capacidade de resistência.
Contudo
nós é que costumamos nos cobrar até os limites do nosso ativismo e do
nosso perfeccionismo. É ai que a corda arrebenta. Deus tentou nos
preservar, mas nós nos auto-destruímos. Entenda que você é humano e tem
direito a ter limites, caso contrário sucumbirá frente ao esgotamento.
Tem direito ao sono, ao descanso, a chorar, a dizer “não”, a desabafar…
Use seus direitos ou a corda se romperá.
2ª) Não precisamos temer as tensões da vida.
Marcelo
Aguiar escreve que Deus, como exímio musicista, estica as cordas da
nossa vida com a finalidade de extrair dela as mais lindas melodias. A
tensão que ele aplica sobre nós é suficiente para afinar-nos, mas nunca
para destruir-nos. Enfrente as provações com coragem e com os olhos
fitos em Cristo, nunca sob o prisma do desespero e da desgraça.
3ª) As tensões nos preparam para o futuro.
Quer
sejam cordas de um violino, ou amarras de um navio, elas precisam estar
bem esticadas para cumprir seu papel. Elas foram feitas para ser
tensionadas. O violino de cordas soltas não produz som algum, bem como
um arco coma corda bamba não projeta a flecha. Da mesma forma, para que
sua vida cumpra o propósito, passará pela afinação do projetista, o Deus
Eterno. Foi necessário que José passasse pela cova, pela escravidão e
pela prisão para um dia ser o primeiro ministro do Egito. Talvez Deus
esteja silenciosamente preparando seu futuro com as tensões da vida.
A
enfermidade, o desemprego, a reprovação no vestibular ou a perda de um
querido pode ser a tensão. Ânimo! A corda não vai arrebentar.
Autor: Marcos Kopeska
quarta-feira, 4 de abril de 2012
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